Durante a gravidez é frequente surgirem sintomas que provocam desconforto na mulher, como náuseas, enjoo, dificuldade em digerir alguns alimentos, prisão de ventre, dores nas costas, câimbras e muita vontade de ir ao banheiro. No entanto, é preciso redobrar a atenção com os sinais que podem indicar uma gravidez de risco.
Pré-eclâmpsia: trata-se da pressão alta específica da gravidez, mais frequente a partir do terceiro trimestre, sendo mais comum na primeira gestação. Os sintomas são inchaço, dor de cabeça e de estômago, espuma na urina (pelo aumento de proteínas na urina), convulsões, dores abdominais e vista embaralhada. O problema pode causar o envelhecimento da placenta, parto prematuro, evoluir para eclâmpsia ou ainda para a Hellp Síndrome. Caso o diagnóstico seja confirmado, as consultas com o médico devem ser mais frequentes, assim como os exames clínicos. A mulher deverá adotar uma dieta com pouco sal e controlar a pressão e, em alguns casos, pode até ser internada para o tratamento.
Infecção Urinária: a gravidez deixa as mulheres mais suscetíveis à esse tipo de infecção, porque os hormônios afrouxam os músculos nos rins e no ureter, o que diminui o fluxo de urina dos rins para a bexiga. Com isso, bactérias têm mais tempo de se multiplicar antes de serem eliminadas pelo corpo. Os sintomas podem incluir dor ou queimação ao fazer xixi, dor na pelve, no baixo ventre, tremores, febre, sensação alternada de calor e frio, náusea e vômitos e vontade frequente e incontrolável de ir ao banheiro. Para evitar um possível problema, beba bastante líquido e consulte seu médico caso tenha febre alta e dor constante na área dos rins.
Hemorragia: caso a mulher observe qualquer perda de sangue ao longo da gravidez, é necessário procurar um médico imediatamente. Apesar de sua origem ser bastante variada, é imprescindível diagnosticar a causa o mais rápido possível para que não se coloque em risco a gravidez ou até a saúde da mãe. Embora possa surgir ao longo de toda a gravidez, hemorragias são muito mais frequentes no primeiro e no terceiro trimestre, períodos em que as principais complicações se evidenciam.
Abortamento: pode acontecer antes da 22ª semana, sendo a 4° causa de morte materna no país. A mulher pode apresentar um sangramento de pequena, média ou grande intensidade. O abortamento é classificado entre infectado completo, incompleto ou retido.
Gravidez ectópica: acontece quando a gestação é iniciada nas trompas de falópio e requer tratamento cirúrgico na maioria dos casos. Já a Mola Hidaforme se dá em mulheres que apresentam um aumento uterino não com compatível com a idade gestacional. Nesses casos, a ausculta fetal é negativa.
Placenta prévia: é a localização da placenta no segmento inferior da cavidade uterina, caracterizando-se por apresentar sangramento sem dor e ocorrendo, geralmente, a partir da 22ª semana.
Descolamento prematuro da placenta: dá-se pela separação da placenta antes do nascimento do feto. A paciente apresenta sangramento vaginal seguido de dor intensa e também ocorre a partir da 22ª semana de gestação.
Diabetes gestacional: é a segunda doença mais frequente da gestação e costuma aparecer entre a 26ª ou 27ª semana. A placenta tem hormônios diabetogênicos, com potencial para desenvolver a patologia. Mulheres cujo pâncreas apresenta alguma deficiência na produção de insulina pode desenvolver diabetes. Essa enfermidade é mais frequente em mulheres com histórico familiar da doença ou naquelas que ganham muito peso nesse período. A sede e o aumento na vontade de urinar, sintomas clássicos da doença, também são frequentes na gestação “normal”, por isso, podem passar despercebidos.
Anemia: é uma condição bem comum às gestantes e, em geral, transitória. Sabe-se que na gravidez há um aumento de 20% no volume de sangue sem haver um acréscimo de glóbulos vermelhos. Para evitar o problema, as gestantes devem fazer uma dieta rica em ferro e o médico pode prescrever vitaminas a fim de diminuir os efeitos da falta desta substância que pode afetar o crescimento do bebê.
Distúrbios da tireoide: são alterações hormonais frequentes na gravidez, que podem descompensar o funcionamento da tireoide, causando o hipertireoidismo ou o hipotireoidismo, esse último mais comum durante a gestação. Através do uso de medicamentos, o funcionamento deficiente da glândula é simples de ser tratado.