Com equipamentos de ultrassonografia de última geração e equipe especializada, a Perinatal consegue diagnosticar um grande número de anomalias fetais durante o pré-natal. Em alguns casos, é possível iniciar o tratamento ainda dentro do útero da gestante, os chamados procedimentos intrauterinos.
Eritroblastose fetal: a incompatibilidade do sistema Rh (uma proteína do sangue) faz com que o feto seja considerado um “intruso” pelo sistema de defesa da gestante, podendo provocar diversos níveis de complicações. O diagnóstico deve ser feito sempre que a mãe é Rh negativo e o pai Rh positivo, sendo necessária a realização do exame Coombs Indireto diversas vezes durante a gestação. O tratamento é feito pela transfusão sanguínea intrauterina. Na Perinatal, esta cirurgia tem 90% de chance de sucesso.
Hérnia diafragmática congênita: é uma malformação no diafragma que faz os órgãos do abdômen serem deslocados para o tórax. Na Perinatal, através de uma videocirurgia, é colocado um balão dentro da traqueia do bebê para expandir empurrar os órgãos de volta para o abdômen.
Válvula de uretra posterior: trata-se da obstrução do trato urinário fetal, mais recorrente em fetos do sexo masculino. A diagnóstico pode ser feito a partir da 20ª semana e uma videocirurgia é realizada durante a gestação.
Síndrome de Transfusão Feto-fetal: no caso de os dois fetos dividirem a mesma placenta estando em bolsas diferentes, pode ocorrer a Síndrome de Transfusão Feto-fetal, fazendo com que um deles receba mais sangue do que o outro. Na Perinatal, é possível corrigir o problema com operação a laser.
Feto acárdico: acontece quando um dos fetos não tem coração e o outro é responsável pelo bombeamento sanguíneo de ambos. A cirurgia fetal na Perinatal é realizada sempre entre entre a 20ª e 28ª semana de gestação, agindo na coagulação de cordão umbilical do feto acardíaco. É aplicável com o intuito de salvar a vida do feto que não apresenta a má formação.
Arritmias cardíacas: é identificada quando o feto chega a ter taquicardia com frequência superior a 180 ou inferior a 100 batimentos por minuto. Nesses casos, são investigadas as alterações estruturais do coração através da ecografia em tempo real. O cuidado especializado das arritmias fetais poder incluir tratamento medicamentoso quando, geralmente, a mãe fica internada em torno de três a cinco dias na maternidade. O procedimento diminui a morbidade relacionada à hidropsia fetal, prematuridade e o nascimento por cesariana.
As arritmias cardíacas podem ser benignas ou malignas:
Derrame pleural: acontece quando há acúmulo excessivo de líquido na membrana que envolve o pulmão, o que pode prejudicar o desenvolvimento do sistema respiratório do feto.
A patologia pode ser detectada após 16 semanas de gestação e está associada a aproximadamente 50 síndromes genéticas, além de complicações cardíacas. O feto deve ser examinado periodicamente, podendo ser necessária uma drenagem, a toracocentese, em casos menos graves.
Hipoplasia pulmonar: trata-se de uma complicação secundária do derrame pleural que compromete o desenvolvimento dos pulmões, causando risco à vida do feto.
Malformação adenomatoide cística: consiste na formação grandes cistos que podem comprimir áreas pulmonares sadias, gerar lesões e infecções crônicas. Ocorre como consequência de um crescimento adenomatoso dos bronquíolos terminais associado ao não ao crescimento dos alvéolos. Pode haver diminuição ou desaparecimento dos sintomas durante a gestação, mas, se a lesão evoluir, pode-se realizar uma ressonância magnética e uma ecocardiografia fetal para investigar possíveis complicações.
Teratoma Sacrococcígeo: é um grande tumor, geralmente benigno, que aparece na região sacral, entre as nádegas ou na região do pescoço do feto. Caso cresça muito rápido, é necessária uma operação intra-uterina com laser para destruir os vasos sanguíneos do tumor, freando sua expansão e poupando o coração do feto.
Corioangioma Placentário: esse tumor cresce na placenta e disputa o suprimento sanguíneo com o feto, sobrecarregando seu coração. A fetoscopia a laser permite acabar com os vasos que alimentam o tumor, interrompendo o seu crescimento indesejável.
Biópsia do vilo corial: é feito a partir da análise da placenta, bastante preciso para diagnosticar anormalidades cromossômicas como a síndrome de Down. Sua maior vantagem é o fato de poder ser realizado entre a 10ª e a 12ª semana de gravidez. Submetem-se à biópsia do vilo corial mulheres que já tiveram filho com problemas congênitos ou que possuem histórico de doenças genéticas na família. Em alguns casos, o exame pode revelar uma anormalidade, o mosaicismo, que na verdade não está presente no bebê, apenas na placenta. Para confirmar o diagnóstico, há a possibilidade de o médico sugerir que a grávida faça uma amniocentese.
Amniocentese: exame também analisa amostra da placenta, mas este procedimento costuma ser realizado apenas no segundo trimestre da gestação.