Em condições normais, o pré-natal começa com uma consulta por mês e no final da gravidez a indicação é de uma por semana. Já no caso de mulheres com gravidez de alto risco, a periodicidade dos exames é maior, necessitando de mais consultas.
Uma vez identificado o risco, a Perinatal faz o diagnóstico e iniciao tratamento. Mesmo que seu obstetra não seja do grupo Perinatal, ele pode trabalhar em parceria com nossos especialistas dependendo do resultado dos exames.
Se for identificada gravidez de alto risco, passamos para uma segunda análise que, antigamente, era feita pela pulsão, procedimento totalmente invasivo. Ou seja, colocava-se um cateter na barriga da mãe e tirava-se uma célula do bebê e uma célula da placenta, que sairia do líquido amniótico ou sangue do bebê, dependendo da idade gestacional. Para pegar a mostra da célula da placenta, o exame seria feito em até 12 semanas, no líquido amniótico, entre 15 até 24 semanas; e do sangue do bebê só a partir de 20 semanas que conseguimos colher. Todos esses procedimentos são invasivos e têm risco de morte para o bebê, já que invade a cavidade (qual cavidade?). É um risco que em medicina é relativamente baixo, mas geralmente a mãe não está disposta a correr (algo em torno de uma morte em 100 bebês). Isso fez com que um grupo Perinatal começasse a pesquisar as células livres no estômago da mãe para fazer o diagnóstico dessas doenças cromossomiais: é a pesquisa do DNA fetal vivo no sangue materno, antigamente, pesquisava-se células do feto na circulação da mãe, só que essas células às vezes pertenciam a uma gravidez anterior, então isso atrapalhava muito o diagnóstico. Então começaram a ver os fragmentos da célula que são perfurados mais rapidamente. Primeiro é aconselhável fazer exames menos invasivos (como esse de colher o sangue da mãe) para depois, se for o caso, partir para os mais invasivos. Acho que não ficou claro que o exame que furava não é mais utilizado e que hoje a Perinatal indica o exame XXX, mais moderno.
Sim. O nome é Pesquisa de Fração de DNA Fetal Livre no Sangue Materno, que também não é invasivo e custa mais ou menos R$3.000,00. Deve ser feito entre 11 a 13 semanas de gestação.
Nem sempre. As alterações cromossomiais podem indicar Síndrome de Down, Síndrome Patau (trissomia do cromossomo 13), Síndrome de Edwards (trissomia do cromossomo 18), Síndrome de Turner, entre outras. Hoje em dia, a tendência é que esse exame que detecta má formação e alteração nos cromossomos (Morfológico) seja mais ampla, podendo identificar até Microdeleções, alterações muito específicas de determinado gen, que causam doenças bastante específicas e raras. Uma delas é chamada de Síndrome do Miado do Gato, alteração da traqueia, onde a criança emite um som parecido com o de um gato.
Não é possível afirmar antes de realizar exames. Se a pessoa sofreu apenas um aborto, há grandes chances de ser saudável, mas se sofreu três, há chances de pertencer ao Grupo de Abortamento de Repetição e pode ser de causa genética ou hormonal, que seria a resistência do corpo-lúteo, ou uma alteração no ovário que não produz progesterona suficiente. Matematicamente só deveria fazer análise mais detalhada depois do terceiro aborto.
Nem todos os fetos que passaram por uma cirurgia ou mesmo aqueles que foram diagnosticados com alguma doença vão para a UTI assim que nascem. Em alguns casos, como por exemplo, do feto com Hidrotórax (água no tórax) que teve todo o líquido aspirado por uma cirurgia bem sucedida, ele já vai para o colo da mãe sem nem passar pela UTI. Mas a maioria dos bebês com má formação vai passar pela UTI.
O exame de 12 semanas é um exame de rastreamento, em outras palavras, ele busca através do estudo do feto identificar sinais que caracterizem o risco de ter alguma doença, em especial as doenças cromossomiais. Para ter certeza, feito é indicado um exame de diagnóstico: a biopsia de vilo corial (pesquisa células da placenta) ou a amniocentese (pesquisa células do liquido amniótico); a primeira após 12 semanas e a segunda após 15 semanas de gestação. São exames invasivos e por esta razão, não são isentos de risco para o feto. Pode ainda ser feita a pesquisa de DNA fetal livre no sangue materno, que embora não seja um exame de diagnóstico, tem uma sensibilidade de 99% e com falso positivo muito baixo. Tem a vantagem de não ser invasivo.
Não no Brasil. Em um primeiro momento a ideia é identificar a gestação de risco através de testes de rastreamento, concentrados hoje no primeiro trimestre da gravidez. No mundo inteiro, se foi identificada uma gravidez de alto risco, o médico pode avaliar o caso e se aquele determinado problema inviabiliza a gravidez a mãe pode interromper a gestação. No Brasil, a lei só permite interromper a gravidez caso o feto seja anencéfalo, má formação do cérebro durante a formação embrionária.
Possíveis sangramentos vaginais (ocorridos por problemas na placenta, por exemplo) podem ocorrer, por isso o médico pode pedir um último ultrassom para determinar a causa. Esse exame também serve para acompanhar o crescimento do bebê, para verificar o nível do líquido amniótico e para determinar a posição do feto e da placenta.